quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UM REI DIFERENTE

Pe. Paulo Bazagllia, ssp
Todos os nossos propósitos e todas as nossas ações nada são afinal, sem a prática do amor concreto àqueles que nosso Senhor nos mostrou como preferidos.
O Rei e Senhor que celebramos, vindo ao mundo, não se sentou em trono, não vestiu roupa luxuosa e não tratou ninguém como súdito. Caminhou pelas aldeias pobres da Galiléia e reuniu um grupo de seguidores, com os quais partilhou a vida e aos quais confiou sua mesma missão. Aproximou-se dos doentes e dos que a sociedade excluía como pecadores, demonstrando por eles a misericórdia que tirava da maldição e o amor que restituía a dignidade perdida.
A missão de Jesus nada tinha que ver com a implantação de  um reino qualquer. Jesus veio inaugurar o reinado do próprio Deus, o reino de seu Pai: o Deus que é bom para com todos e deseja sua justiça implantada neste mundo por meio da prática concreta do amor pelos mais necessitados, “os menores dos irmãos de Jesus”.
É por esta razão que o Rei entregou sua vida e é esta a missão que ele nos deixou.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O MAIOR MANDAMENTO

PE. PAULO BAZAGLIA, SSP
Jesus recorda o mandamento da lei de Moisés, em Deuteronômio 6,5. Amar a Deus sobre todas as coisas é tê-lo como o Absoluto de nossa vida. Ele nos criou e dele dependemos: daí nosso respeito e temor a ele. Temos a dignidade ser criados à sua imagem e semelhança, capazes de amar e ser amados: daí nossa confiança nele e nossa gratidão.
Esse amor de quem respeita a Deus e nele confia, porém, não tem sentido algum se separado do amor ao próximo. Pois o Mestre nos ensinou que amar a Deus é amar ao próximo. E recordando Levítico 19,18, Jesus deixa claro que amar o próximo não é simplesmente se esforçar em alguns atos isolados e ocasionais para demonstrar amor aos demais.
Amar ao próximo, portanto é assumir na própria vida as opções que Jesus assumiu. É dispensar aos outros a atenção e o carinho que gostamos de receber. Pois é assim que se constroem relações humanas dignas, em que os pequenos sejam respeitados e lhes sejam devolvidos o direito de serem sujeitos da própria história; em que o julgamento e a intransigência dêem lugar à misericórdia e à compreensão.
Amar como Jesus amou é o desafio para nós. O amor que ele tinha pelo Pai se manifestou em seu amor pelos pequenos, por aqueles que a sociedade desprezava e excluía. E sobre isso não é preciso fazer teorias: o próprio Jesus diz que, num certo dia, nosso amor a Deus será bem fácil de  medir: ele terá o tamanho do bem que tivemos feito aos menores. Pois o que fazemos a eles, fazemos ao próprio Deus.

domingo, 13 de novembro de 2011

PASSEI PELA VIDA E VIVI.

Gracinda  Calado
Cada pessoa faz a sua história.
Cada qual é responsável pelos seus atos, pensados ou não.
O livre arbítrio Deus nos deu, mas deu-nos essa liberdade
 Para que optemos pelo bem.
É como um trem desgovernado saindo dos trilhos algumas vezes.
A fé nos coloca novamente nos trilhos, seguimos novamente ao vagão primeiro.
Cada pessoa tem a sua história, que é feita pelos nossos atos.
A minha é triste e algumas vezes muito alegre.
Vou vivendo a cada momento tentando ser feliz.
Muitas pessoas fizeram parte da minha história,
Outras fazem ainda parte da minha vida.
Outras encheram de bons momentos o meu passado,
Outras saíram, fugiram, morreram.
Outras deixaram rastros e pegadas em meu caminho.
Plantei árvores em meu quintal, escrevi um livro, fiz canções.
Gerei quatro filhos, tenho sete netos, enchi minha vida de luz e de amor por todos eles.
O que me  interessa agora, se já fiz de tudo em minha vida?
Só resta agora falar do meu amor, que encontrei um dia e com o a mesma
Intensidade ele escapou de mim, para sempre.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DEVOÇÃO POPULAR

A DEVOÇÃO POPULAR E O LUGAR DE MARIA
CONCEITO DE DEVOÇÃO     (cf. Maria Célia Pinheiro)
É um ato interior da vontade de servir a Deus fundamentado na fé que nos leva a ser fervorosos e à prática da caridade.
Trata-se de um dom de Deus que conta com a participação do homem que é convidado à oração, à meditação, à contemplação que promovem o despertar para o serviço a Deus.
DEVOÇÃO POPULAR À MARIA
O fundamento da devoção à Maria está contida nos próprios Evangelhos pois aos meditá-los percebemos a presença da virgem de Nazaré mesmo de forma velada e nos momentos mais decisivos da vida de Jesus sua figura forte de mãe é revelada.
Da concepção do Filho de Deus, seu nascimento e até sua morte, mesmo em silêncio aos pés da cruz o coração de Maria  falou bem alto em termos de fidelidade, amor e aceitação da vontade do Pai.
A devoção à Maria é um ardor em servi-la para melhor servir a Deus. Não deve ser portanto fruto de sentimentalismo ou emoção passageira mas sim de desejo de imitação de suas virtudes que devem agradar a Deus.
Muitas são as formas de devoção à Maria a exemplo de novenas, imagens, estátuas, capelas, santuários e outros.
Foi a partir do Concílio de Éfeso que o culto do povo de Deus à Maria cresceu consideravelmente na veneração e no amor na invocação e na imitação conforme Lumen Gentiu, 66 – onde Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os anjos e santos e de todos os homens, logo abaixo de seu Filho.
O Vaticano II também confirmou a importância da devoção popular à Maria ao confirmar a legitimidade das imagens sagradas de Cristo, da virgem e dos santos diante da ameaça de serem retiradas dos santuários. A piedade e devoção à Maria são resultados do amor e do compromisso em servir ao Filho.
O LUGAR DE MARIA
A devoção à Maria por não ser fruto de uma emoção passageira mas de uma convicção em imitar suas virtudes que nos levam para mais perto de Deus faz com que ela tenha o seu lugar no coração de cada filho que a venera como sacrário da salvação.
Maria é portanto sinal de esperança certa e de consolação para o povo de Deus peregrino que espera em Deus.
Ao longo da história Maria tem ocupado o seu lugar de mãe consoladora dos aflitos e medianeira das súplicas dos pequeninos de Jesus.  Através dela são arrebanhados muitos filhos para Deus já que é a mais próxima dele e de nós como nos dizia o Papa Paulo VI.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

COMO FALAR EM ECOLOGIA?

COMO FALAR EM ECOLOGIA?
GRACINDA  CALADO
Falamos em ecologia, ouvimos falar o tempo todo na mídia, nos meios de comunicação, os mais diversos, porém só quem entende de ecologia é quem viveu por algum tempo em contato com a natureza pura e bela, sabe o quanto faz mal pra ela os conceitos distorcidos dessa palavra: Ecologia!
O meio ambiente é o que de mais sagrado possuímos, onde respiramos, onde organizamos e oxigenamos nossas células vitais, nosso corpo em equilíbrio perfeito com a natureza, nosso ciclo de vida, nossa jovialidade, sem preocupação com a idade cronológica, ou beleza da pele, e dos músculos, em estética, etc. Basta que obedeçamos as leis naturais e amemos a natureza sábia!
Quem não se encanta e se deslumbra com o cheiro de mato das florestas, com a água transparente dos rios correndo sem parar, com o canto mavioso dos pássaros, muitas vezes escondidos nas folhagens tão distantes?
Quem nunca percebeu que o dia é mais brilhante na floresta ou na serra, na praia, no serrado, nas caatingas, mesmo desnudas, nos canaviais, nas roças de café, nos grandes banhados, nos sertões, nos grandes rios e nos seringais?
Quem nunca conheceu uma cachoeira caindo, despencando dos barrancos sem medo de ser feliz, como um véu de noiva que enfeita a mata depois se espalha pelo chão lavando pedras e areias, rumo ao oceano onde encontra seu destino?
Quem nunca viu uma plantação de café florindo e perfumando o ar ou os seus frutos vermelhos e doces como o mel? É de admirar! As laranjeiras cobertas de flores exalando um perfume embriagador.
Não se pode saber o que é ecologia se não se conhece o amor a natureza pura e bela.,
Fácil é ver o mar, em praias abertas para bronzear a pele, deitar nas areias sujas da cidade, respirar a poluição que vem das fuligens dos carros que passam apressadamente, ou o odor dos esgotos que se jogam no mar poluindo das águas? Fácil é não conhecer o que é ecologia, fácil é beber a água que vem preparada de oxidantes e tenebrosos micróbios, engarrafada para nossas casas. Fácil é discriminar quem defende a natureza, a ecologia e a maneira melhor de se viver!
Quem ama a natureza obedece a Lei de Deus, e dos homens!